Ciranda Elo das Letras de Poetrix

O poetrix é um terceto, "poema com um máximo de trinta sílabas métricas, distribuídas em apenas uma estofre, com três versos e título".

Ifrit O Despertar de um Demonio

Entrei no metrô direto para o prédio Vargas 2 que fica na Rua Presidente Vargas, a estação é em frente ao meu trabalho e como sempre o metrô estava lotado..

A Ordem Secreta da Inconfidencia Mineira

E se um dos grandes nomes da Inconfidência Mineira tivesse sido possuído por um espírito maligno e a causa de sua execução não tivesse sido o fato de pertencer a um movimento popular e sim o fato apenas de uma sociedade secreta querer ocultar a presença maligna no corpo daquele homem?

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A Escrita como meio de interação das novas realidades ficcionais

A Escrita como meio de interação das novas realidades ficcionais

Escrever não é simplesmente transcrever no papel o pensamento.
Em se trantando da escrita dita propriamente literária, escrever vai além das capacidades de se transmitir apenas uma mensagem, é também transmitir um conceito e uma estética nova ao texto literário.

A estética por si só vem acompanhada de conceitos e pré-conceitos estabelecidos, ditando o que é bom e o que não é. Mas nem sempre o momento literário favorece ao autor de tais textos, veja pro exemplo Machado de Assis que ao seu tempo foi tratado como um louco, alguém cujo os pais das jovens damas da Corte queriam distância de seus escritos, julgavam que tais escritos machadianos poderiam desvirtuar a honra das belas jovens. O momento literário nem sempre favorece ao autor, mas o tempo é o único julgador das obras.


A escrita passa normalmente por evoluções e mutações, a literatura por sua vez passa por adaptações de momentos, renovando assim suas capacidades de cativar os corações, com histórias e novas perspectivas de vidas.

O sonho nem de longe pode ser esquecido, escrever é transformar tais sonhos, possíveis e impossíveis, em realidade, cujos os principais autores destas realidades interagem em mundos totalmente diversificados, é o transportar das culturas às realidades ficcionais e a criação e adaptação de novas culturas.

Escrever não simplesmente quer dizer sonhar, mas transformar sonhos em realidades.


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

As mais vistas do Elo das Letras 2011

As mais vistas do blog Elo das Letras


O Blog Elo das Letras nasceu timidamente no início de Janeiro de 2011, hoje reunimos as melhores parcerias e também trabalhamos e forma a sempre indicar um bom conteúdo para os leitores, oferecendo os mais variados temas e trazendo entrevistas em primeira mão, sobre os lançamentos dos novos autores.

O Elo não é meramente um local de encontro de informações, é também um ponto de referência para aqueles que buscam na leitura um elo com um mundo de letras.

Somos independentes e emitimos nossa opinião de forma sincera e honesta, as nossas parcerias são embasadas na liberdade de expressão, somos nós quem exigimos já que toda parceria é realizada apenas quando há realmente um interesse em ser celebrada, não submetemos o que acreditamos ao que os outros exigem, preferimos manter a qualidade daquilo que temos.

O ano de 2011 ainda não acabou, temos ainda uma ótima entrevista com o Editor da Editora Estronho, e também uma última Resenha a ser publicada, mas estamos trazendo neste post as publicações mais vistas desse ano que está acabando, vocês gostaram a realmente valeu apena.

Segue a lista das mais vistas:

1º - Conto: A Casa Colonialhttp://eloletras.blogspot.com/2011/05/conto-casa-colonial.html

2º - Série: Por que você escreve? A Dinâmica do pensamentohttp://eloletras.blogspot.com/2011/05/por-que-voce-escreve-dinamica-do.html

3º - Resenha: O Fantasma de Cantervillehttp://eloletras.blogspot.com/2011/08/resenha-o-fantasma-de-canterville-oscar.html

4º - Conto: A Ordem Secreta da Inconfidência Mineirahttp://eloletras.blogspot.com/2011/07/ordem-secreta-da-inconfidencia-mineira.html

5º - Indicação: Claraboia de José Saramago http://eloletras.blogspot.com/2011/11/claraboia-de-jose-saramago-um-romance.html

6º - Resenha: O Céu está em todo lugarhttp://eloletras.blogspot.com/2011/10/resenha-o-ceu-esta-em-todo-lugar-jandy.html

7º - Poesia: Consanguíneohttp://eloletras.blogspot.com/2011/10/poesia-consaguineo.html


Assim agradecemos a sua companhia, e esperamos nos vermos mais vezes no próximo ano!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Vídeo-Poema: Pele Nua

Na semana passada eu trouxe para vocês a poesia Pele Nua, e logo depois que fiz a divulgação do poema, fique pensando como seria ele em vídeo, entrei em contato com um amigo que se animou com a ideia de trabalhar essa possibilidade, com os poucos recursos disponíveis conseguimos o resultado do Vídeo-Poema abaixo, espero que gostem, é sem dúvidas uma experiência inigualável.

Quero agradecer a Uírá Filipe por ter emprestado sua voz e também ter editado o vídeo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O ELO DAS LETRAS DESEJA FELIZ NATAL!

Queridos Leitores Amigos,


Durante esse ano partilhamos o conhecimento, e desse conhecimento a nossa amizade se fortaleceu. Quero agradecer a todos que acompanham o nosso trabalho, a todos os leitores e também aqueles que nos seguem diariamente.


Feliz Natal a todos!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

PROMOÇÃO: A Maldição do Tigre

Olá galera do Elo das Letras,


trouxe mais uma novidade, dessa vez vamos fazer um sorteio para os Seguidores do Elo das Letras em parceria com a Editora Arqueiro.


O Prêmio é:


Livro: A Maldição do Tigre + Boton a Maldição do Trigre + Marcador


Prestem bem atenção nas regras que são simples e não deixem de participar.


1º - Seguir o blog Elo das Letras, no Facebook: http://www.facebook.com/elodasletras ;
2º - Clicar na aba PROMOÇÕES;
3º - Clicar em QUERO PARTICIPAR;
4º - Promoção válida apenas para residentes no Brasil;
5º - O vencedor será informado através de nossas redes sociais, por tanto fiquem atentos;
6º - Caso o sorteado não reclame o prêmio em um prazo de 3 dias, um novo sorteio será realizado em respeito aos demais participantes.


Data Inicial da Promoção: 20 de Dezembro de 2011 - Data Final: 5 de Janeiro de 2011

POESIA: Pele Nua - Jandeilson Bezerra

O Nascimento de Vênus -  Sandro Boticelli
Pele Nua
Jandeilson Bezerra




A pele suavemente transparente em giz
Olhos que vibrantes se deixam lavar
Em gotas orvalhadas de solidão
A alma se compraz de tal angustia
Em ter compartilhado em seus vitrais.


Esperança que fugaz se entrega ao mar
Azulando o doce verde se desfaz
Em tão bela face lábios vermelhos se refaz
Em dentes alvos de um sorriso eficaz.


Que na alma a dedos suaves deslizar
Aumentando a fricção de tal tocar
As muralhas ruírem ao sibilar
Do mais puro encontro a florescer.


E na primavera o amanhecer entregue
De árvores que bailam sem parar
O amor mais uma vez enaltecer
Tão nobre alma de gestos generosos
Repousar sobre o véu do entardecer.

sábado, 17 de dezembro de 2011

RESENHA: A mitologia Hindu evidenciada em uma saga fantástica - A Maldição do Tigre - Collen Houck - Editora Arqueiro

A mitologia Hindu evidenciada em uma saga fantástica
Livro: A Maldição do Tigre (Colleen Houck)


"A maldição do tigre" (Editora Arqueiro, 2011, 272p) da escritora Colleen Houck e traduzido por Raquel Zampil, é uma aventura épica e cheia de mistérios, lançado originalmente como e-book ficou sete semanas na lista dos mais vendidos da Amazon, entrando em seguida na do The New York Times, é uma saga fantástica e envolvente, e também a estreia da escritora, que estudou na Universidade do Arizona.

Kelsey Hayes, é uma jovem adolescente que perdeu os pais recentemente, e foi morar com uma família adotiva, tendo concluído o Ensino Médio ela sai em busca de um emprego de verão, e um circo que está passando em sua cidade a contrata, um grande desafio para uma jovem que inicialmente sai de sua vida pacata para entrar em uma nova realidade, dois mundos diferentes, é assim que o livro inicia, te convidando a sair do comodismo da sua realidade para te transportar primeiro a uma realidade mais próxima e possivelmente depois a uma realidade mais complexa e cheia de novidades.

A principal atração do circo onde Kelsey vai trabalhar é um tigre branco, cuja admiração por ele é despertada em uma noite de apresentação, sua imponência e beleza a conduziram a uma grande admiração, após esse dia todas as noites ela começa a visita-lo, dormir ao seu lado e contar histórias ou mesmo ler um poema, coisas simples mas que demonstram uma humanidade e afeto para com o animal, uma pequena demonstração de que o carinho não é medido apenas por sentimentos profanos mas a comprovação de que eles ultrapassam a medida de nossa realidade, talvez a jovem estivesse buscando uma companhia ou tivesse uma carência devido à falta de seus pais com quem ela crescera e tenha identificado no tigre que passava a maior parte de sua vida enjaulado uma certa relação com a sua vida.

Um comprador misterioso aparece com a promessa de levar o tigre a um paraíso selvagem, uma reserva florestal onde o tigre poderia viver livremente, chegando na índia a jovem se ver dentro de uma verdadeira aventura, onde precisará descobrir o caminho de volta e também ajudar o tigre Ren que na verdade é um príncipe amaldiçoado por um mago há mais de trezentos anos, a recobrar a sua humanidade. É nesse momento que o diálogo com o leitor é mais forte, a maestria que Colleen utiliza para nos convidar a um salto mais adiante, nos desligarmos de nossas convicções e também de nossas crenças para descobrirmos algo novo é sem dúvidas digna de grandes escritores, uma vez que ela respeitosamente tira-nos de tudo o que estamos acostumado e nos leva a descobrir um novo mundo e também uma nova cultura.

Kishkindha, a famosa Cidade dos Macacos que foi explorada em O Livro da Selva do escritor Rudyard Kipling (1894) é também explorada de forma "romântica e provocativa" como disse Houck, é um pouco ousado comparar a história com o clássico da literatura britânica mas em nada deixa a dever já que o livro tem tudo para se tornar um clássico. Conhecendo a famosa Cidade dos Macacos você poderá mergulhar na mitologia indiana e conhecer um pouco mais dessa cultura tão rica.

Leitores de séries como a Saga Crepúsculo não podem deixar de ler essa saga, um livro suave, leve e sem pretensões a não ser a pretensão de te fazer mergulhar em uma história cheia de vida e encantadora.

Sinopse:

Paixão. Destino. Lealdade. Você arriscaria tudo para salvar seu grande amor?

Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco.
Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele.

O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço.

Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.

A maldição do tigre é o primeiro volume de uma saga fantástica e épica, que apresenta mitos hindus, lugares exóticos e personagens sedutores. Lançado originalmente como e-book, o livro de estreia de Colleen Houck ficou sete semanas no primeiro lugar da lista de mais vendidos da Amazon, entrando depois na do The New York Times.

“Um romance delicado e uma aventura capaz de deixar o coração a mil por hora. Eu vibrei e roí as unhas. A maldição do tigre é mágico!” – Becca Fitzpatrick, autora da série Sussurro.

FICHA TÉCNICA

TÍTULO : A Maldição do tigre
TÍTULO ORIGINAL : Tiger’s Curse
AUTORA: Colleen Houck
EDITORA: Arqueiro
N° DE PÁGINAS :343


A Autora:

Colleen Houck  estudou na Universidade do Arizona e trabalhou como intérprete da língua de sinais durante 17 anos. Mora no Oregon e A Maldição do Tigre é sua estreia

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lançamento: ROÇA BARROCA - JOSELY VIANNA BAPTISTA - ED COSAC NAIFY

 “Guardo na memória de infância algumas imagens que provavelmente me levaram a enveredar por aí, como a descoberta de uma comunidade isolada de guaranis numa ilha fluvial ou um velho índio, provavelmente um pajé, que passou uns tempos vendendo ervas que espalhava sobre um pedaço de couro, bem na esquina de minha casa no norte do Paraná. Aquilo representava um mundo de mistérios para mim." Essa pode ter sido uma das motivações de Josely Vianna Baptista para trazer-nos o seu livro Roça barroca, que saiu essa semana pela Editora Cosac Naify.




Leia a sinopse:



A poeta Josely Vianna Baptista traduz pela primeira vez para o português o mito cosmogônico da tribo indígena Mbyá-Guarani em poemas em edição bilíngue (guarani-português). Os textos narram a criação do mundo, dos homens e dos animais, e permitem ao leitor entrar em contato com o universo imemorial da tradição oral ameríndia.


No texto de orelha, o poeta e tradutor Luis Dolhnikoff anota: “se trata de uma estranha e estranhamente bela narrativa poética sintética sobre personagens de sabor arquetípico, que evocam tanto o tempo profundo do mito quanto a profundidade sensível da floresta brasileira”.


Dividido em duas partes, o volume traz ainda poemas inéditos da autora em Moradas nômades, inspirados na sua experiência de contato com os Mbyá-Guarani. Esta é a primeira publicação que une as duas vertentes de Josely Vianna Baptista: a de poeta e a de tradutora.



Ficha Técnica:



Autor: Josely Vianna Baptista
Apoio: Petrobras, Ministério da Cultura
Idioma: Português


Maiores informações no link: http://editora.cosacnaify.com.br/ObraSinopse/11641/Ro%C3%A7a-barroca.aspx




quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Editora Intríseca lança E-books a partir de 15 de Dezembro

A Editora Intríseca noticiou que a partir de Quinta-Feira, dia 15 de Dezembro, inicia a sua publicação em e-books, que serão inicialmente comercializados pelas livrarias Cultura, Saraiva e Gato Sabido. Serão 30 livros que respresentam 20% do catálogo da editora e somam 17,5 milhões em exemplares vendidos no país.

A novidade é que haverá lançamentos simuntâneos a partir de Janeiro das versões impressas e digital, no formato ePub, com a publicação de A visita cruel do tempo, romance de Jennifer Egan vencedor do Pulitzer de ficção em 2011, e Silêncio, aguardada continuação da série best-seller de Becca Fitzpatrick.

Os preços variam de 19,90 e 24,90 o que em média representa um desconto de 30% sobre o preço de capa em versão impressa, e são compatíveis com os sistemas operacionais iOS e Android, que permitem a leitura em aplicativos presentes em tablets e celulares, como os produzidos pela Apple (iPhone e iPad), pela Samsung (Samsung Galaxy Tab), além dos e-readers da Sony e da Positivo.

Os primeiros e-books a serem publicados darão prioridade a séries best-seller conhecidos como Crepúsculo e Percy Jackson e os olimpianos, e outros títulos de sucesso como Um dia, A menina que roubava livros e Bilionários por acaso: a criação do Facebook.

Neste último semestre, editoras como a Leya e a Editora 34, também lançaram seus primeiros e-books.

Veja a lista de E-books que serão publicados pela Intríseca a partir de 15/12

Saga Crepúsculo, de Stephenie Meyer 
 - Crepúsculo
- Lua nova
- Eclipse
- Amanhecer
- A breve segunda vida de Bree Tanner

Série Percy Jackson e os olimpianos, de Rick Riordan
- O ladrão de raios
- O Mar de monstros
- A maldição do Titã
- A batalha do Labirinto
- O último olimpiano
- Os arquivos do semideus

Série As crônicas dos Kane,de Rick Riordan
- A pirâmide vermelha
- O trono de fogo

Série Os heróis do Olimpo, de Rick Riordan
- O herói perdido

Série Os imortais, de Alyson Noël
- Para sempre
- Lua azul
- Terra das sombras
- Chama negra
- Estrela da noite
- Infinito

Série Riley Bloom, de Alyson Noël
- Radiante

Série Os Legados de Lorien
- Eu sou o Número Quatro, de Pittacus Lore

Outros títulos
- A hospedeira, de Stephenie Meyer
- A menina que roubava livros, Markus Zusak
- Bilionários por acaso, de Ben Mezrich
- Hell, de Lolita Pille
- O efeito Facebook, de David Kirkpatrick
- Pequena Abelha, de Chris Cleave
- Precisamos falar sobre o Kevin, de Lionel Shriver
- Um dia, de  David Nicholls

E-books disponíveis até o fim de 2011:
- A lebre com olhos de âmbar, de Edmund de Waal
- Como Proust pode mudar sua vida, de Alain de Botton
- Crescendo, de Becca Fitzpatrick (Série Hush, Hush)
- Dupla falta, de Lionel Shriver
- Nuvem da morte, de Andrew Lane (Série O jovem Sherlock Holmes)
- O hipnotista, de Lars Kepler
- O mundo pós-aniversário, de Lionel Shriver
- O poder dos seis, de Pittacus Lore (Série Os Legados de Lorien)
- Religião para ateus, de Alain de Botton
- Silêncio, de Becca Fitzpatrick (Série Hush, Hush)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Conto: O Artesão de Natal

O Artesão de Natal 
Jandeilson Bezerra




A muitos séculos atrás existia uma família do outro lado do mundo que não se preparava para o Natal, eles nem sabiam o que era o espirito natalino. É bem verdade que uma família simples, que não tem dinheiro para gastar em compras e presentes desconheça o Natal e o espirito natalino como é conhecido. 
 
O chefe dessa família, seu Nélson, era um homem simples e humilde, estava passando por diversas dificuldades, sequer tinha dinheiro para comprar alimentos, havia sido despedido de seu emprego um pouco antes do Natal.  Mesmo não tendo dinheiro, não tendo o que comer, a esperança não se dissipava dos olhos daquela pequena família.  Elisabete, era assim que se chamava a esposa, era uma mulher de muita fé, e lá estava ela ajoelhada pedindo a Deus que abençoasse seu marido e seu filho, que não lhes deixasse acabar a felicidade e a vontade de viver. 


Na aldeia onde eles moravam havia um homem muito misericordioso, ele buscava sempre ajudar os mais necessitados com tudo aquilo que podia ofertar, ele não era uma pessoa muito rica mas também não era pobre, trabalhava muito, mas era muito solitário. Dentro de sua casa nunca se via alguém entrar, ele era um artesão. Passou dias e noites trancafiado em sua casa antes do Natal, não deixava de olhar pela janela como estava aquela família pobre que passava por dificuldades, lá da janela dele dava para ver tudo. 


Do lado de fora da casa daquele homem o que sou ouvia era o barulho, o barulho das ferramentas tocando a madeira, dando forma e desenhando os contornos da madeira para algo tomar forma. As pessoas curiosas se aglomeravam na janela do artesão. Ele fazia de tudo para esconder no que estava trabalhando, mas todos desconfiavam que era algo grandioso e maravilhoso. De fato, a fama do artesão era a de que ele era um mago, fazia coisas fantásticas entalhadas na madeira. 


Faltava pouco tempo para o Natal, e o artesão trabalhava incansavelmente em sua obra mais maravilhosa de todas, fora a neve já começava a cair, ele vai diante da janela e percebendo pensa consigo mesmo que tudo estava indo de acordo com o que ele planejava. O que ele tinha em mente ao certo ninguém sabia, a única coisa que se podia deduzir era a que ele estava muito interessado em ajudar aquela família pobre que desconhecia o Natal. 


Alex era o filho de Elisabete, estava já sendo colocado pra dormir, ainda chorando pois sentia fome, sentiu o calor do abraço de sua mãe e de seu pai dando-lhe um boa noite. Logo dormiu, as velas da casa iam se apagando uma a uma enquanto todos já dormiam. Apenas o artesão encontrava-se acordado naquele instante, a vila toda já dormia.  


O artesão abriu pela primeira vez, durante o Natal, a porta de sua casa, ia trazendo para fora com muito esforço miniaturas de renas esculpidas na madeira e colocando uma atrás da outra, eram seis, fazia tudo em silêncio, para não acordar os vizinhos, após colocar as renas ele trouxe uma miniatura de carroça, ela era enorme, e tinha uma grande extensão atrás, colocado logo após as renas a carroça, ele foi e pegou um grande saco e colocou sobre a carroça, entrou mais uma vez em casa e quando saiu estava vestido com uma linda roupa vermelha, agachando-se sobre a neve olhou para um lado e olhou para o outro não vendo ninguém pegou a neve em sua mão jogando sobre as miniaturas de madeira deu grande grito – Ho! Ho! Ho!. Uma atmosfera mágica tomou conta do lugar, a neve cintilante começou a brilhar e dançar freneticamente sobre as miniaturas, que iam crescendo e tomando vida, após esse momento mágico ele subiu na carroça, jogando mais uma vez a neve que estava em suas mãos sobre a rena elas começaram a voar, e voavam deixando para traz um rasto de pó brilhante que ia se misturando com a neve que caia na vila e criando diversas formas de animais na neve.  


O artesão naquela noite passou na casa de cada família que morava na vila, ele sabia que cada um tinha uma necessidade especial, e lembrou-se de passar no casebre daquela família que não sabia o que era o Natal. Sobrevoou sobre ela durante um certo tempo, jogou ali seu pozinho e logo voltou para a sua habitação onde estacionando em frente seu trenó com o saco vazio que majestosamente ficou cheio, as renas e a carroça voltaram ao seu estado normal, mas já não eram miniaturas, permaneceram no tamanho real, lindas renas talhadas na madeira que mais pareciam estarem vivas, mas era a magia das mãos do artesão que davam brilho a madeira talhada. 


Alex se acordou, com fome não conseguia dormir, mas teve uma surpresa, acordou em uma cama luxuosa com cobertores nas mais diversas cores e desenhos de animais, ele não compreendia, e colocando o pé no chão sentia que algo tinha acontecido, o seu quarto não era o mesmo de quando foi dormir, estava lindo, cheio de cores e vida. E saiu correndo ao encontro de seu pai. 
  • Papai! Papai! Papai!
 Seus pais acordaram, não entendiam o que havia acontecido naquela noite, estavam em uma outra casa, uma casa rica, cheia de cores e detalhes reluzentes, a escada que dava para a sala era toda talhada em mão, pequenas renas era a decoração usada na madeira das escadas. Chegando na sala dão de cara com uma pequena mesa ao lado do sofá e lá estão retratos da família em diversos momentos da vida, e seu Nélson olhando para sua esposa tenta explicar o que estava acontecendo mas não encontra palavras. Ao lado da enorme árvore de natal bem no meio da sala, toda enfeitada e brilhante havia uma pequena carta que escrito estava: “ A felicidade vem quando menos esperamos, o Natal não representa apenas um momento voltado para o consumismo, representa o momento de partilha, de doar-se, de ser humano para aqueles que necessitam.” 


Ao pé da árvore estavam os presentes, o pequeno Alex ganhou um cavalinho de madeira, no qual se divertiu a noite toda. Na sala de jantar estava uma linda mesa cheia de frutas e comidas das mais diversas, os doces não faltavam também. A família caminhou até a sala de jantar e lá saciou a fome que por semanas os afligia. 
O dia ganhava o lugar da noite, o sol ia nascendo calmamente ganhando o espaço azul do céu, rompendo a barreira do silêncio os pássaros começavam a cantar, rasgavam o céu com voos rasantes, a neblina se dissipava, a vila começava acordar, era o Natal, a neve ainda encantava a cidade mas calmamente ia derretendo. Havia festa nas casas da vila, os cidadãos não compreendiam como presentes apareceram em suas árvores, era um enigma que os deixava feliz. Todos saiam de casa e iam para a rua comentar aquela novidade, saindo a rua se deparavam com a bela decoração em madeira na frente da casa do artesão, era lida a decoração, ficavam admirados e extasiados com tanta realidade impressa na madeira. Uma multidão se aglomerava na frente da casa dele, enquanto comentavam sobre a belíssima decoração natalina na casa do artesão se deparavam também com um casarão todo feito em madeira, o casarão estava no lugar daquela que era o casebre da família pobre, se perguntavam como a casa tinha ido parar ali da noite para o dia, e não compreendiam, até que os donos apareceram na rua para desejar a toda a vizinhança um Feliz Natal, e todos viram que algo de mágico havia acontecido naquele Natal. A felicidade se apoderou de toda a vila, e eles começaram a cantar, a se abraçarem e se desejarem felicidade. 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Entrevista: Natália Couto do Azevedo no blog Elo das Letras

Olá, galera do Elo das Letras!


Hoje trago para vocês uma entrevista especial com Natália Couto do Azevedo, que lança livro essa semana (10/12/2011) em São Paulo pela Editora Estronho. O livro O Reino dos Sonho - A cidade de cristal é o primeiro romance escrito por ela, que também já participou das mais diversas antologias pela mesma editora, a saber: Insanas, Elas matam! (que teve resenha aqui pelo blog), VII Demônios - preguiça, Mundo de Fantas, Quando o Saci encontra os mestres do terror (ainda a serem lançados).


Leia abaixo a entrevista, e não deixe de comentar.




Primeiro gostaria de perguntar, quem é a Natália Couto Azevedo?

Olá! Muito obrigada pelo convite para a entrevista. Eu sou uma pisciana de 26 anos, paulistana, que ama os animais e adora escrever.

Você é formada em veterinária, como surgiu esse interesse pelas letras?

Sempre gostei de escrever, desde a adolescência, inclusive prestei letras como segunda opção na UNICAMP. A faculdade de veterinária acabou me distanciando um pouco, mas ano passado retomei o hábito e nunca mais pretendo deixá-lo.

O que te inspira a escrever?

Qualquer coisa. Não uso nada em específico para me inspirar, na maioria das vezes a ideia aparece, brota do nada, no metrô, no trabalho, quando vou dormir e depois preciso trabalhá-la, exaustivamente.

Você já participou de diversas antologias, quando você percebeu que tinha um romance pronto para ser escrito?

Na verdade, eu comecei com o romance. Mas quando terminei a primeira versão, percebi que ainda precisava melhorar muito minhas técnicas de escrita. Então participei de comunidades na Internet de criação de contos, uma ótima oportunidade para deixar meus textos para avaliação de várias pessoas. Depois, passei a me inscrever nas seleções de antologias e quando comecei a ser selecionada voltei para o romance e o reescrevi várias vezes.


Uma curiosidade que me veio a mente e gostaria muito de saber de você, porque explorar o mundo dos sonhos? Você fala também que é possível através de portais chegar a esse mundo encantado, esses portais são atingidos através dos sonhos ou eles existem fisicamente dentro da história?

Eu acho os sonhos incríveis, em vários sentidos. O sonho noturno, em que viajamos para lugares desconhecidos, vivemos aventuras ou terríveis pesadelos. E principalmente, o sonhar que envolve a esperança, criar algo que desejamos em nossa mente para depois concretizá-lo.
Existem algumas maneiras para as fadas viajarem entre o Reino dos Sonhos e o nosso mundo, uma delas é através de portais físicos, apenas vistos pelas criaturas feericas e outra é através dos sonhos, em um tipo de viagem espiritual.

O que as pessoas podem esperar de seu primeiro romance?

Uma história repleta de aventura, descobertas e um pouco de romance. Uma viagem por um mundo mágico e lindo habitado por fadas, que mostra que os sonhos podem nos conduzir para experiências sem limites.

Ansiosa pelo lançamento do livro?

Extremamente ansiosa. Daqui a pouco nem tenho mais unhas para roer….

Como escritora iniciante, o que você tem a falar para aqueles que também estão em início de carreira?

Não desanimem. Não é fácil ser escritor, como qualquer profissão, exige trabalho, dedicação e persistência. É preciso lidar com negativas e com críticas, e não desistir mesmo assim. Por outro lado, é extremamente gratificante ver as histórias do nosso imaginário impressas no papel, partilhadas com diversos leitores.


Deixa aqui o seu recadinho para os leitores do blog Elo das Letras, e faça também o convite para o lançamento.

Mais uma vez agradeço pela oportunidade da entrevista e espero que os leitores tenham gostado de conhecer um pouquinho sobre O Reino dos Sonhos. Todos estão super convidados para o lançamento, no dia 10/12 (está chegando!) na Biblioteca Viriato Corrêa (Av. Sena Madureira, 298), pertinho da estação Vila Mariana do metrô, em São Paulo. Começa às 15hs e vai até 19hs.
Espero vocês lá!


Para maiores informações sobre a escritora e seu lançamento acessem o link:http://oreinodossonhos.blogspot.com/


domingo, 4 de dezembro de 2011

Poesia: Vendo meu coração - Jandeilson Bezerra

Vendo meu coração
Jandeilson Bezerra

Não sei se tudo o que vejo é real
ou simplesmente imaginário de uma mente
em tão constante erupção.

O corpo que se alto flagela, nos guetos
perdido entre a aurora e o limiar
que não silencioso se turba.

Já não sei se é tudo verdade
onde vendo, e vendo mais uma vez
me deixo encontrar em tão grande mecanismo globalizado
dos espaços que tenho
e tudo propaganda ou não, sendo.

Vendo, olhos de longe
a boca, o semblante
a aurora mais brilhante.

Vendo, a casa, o lar doce,
o espaço, a TV, o celular e ainda para não esquecer
a roupa que visto, o boné que me cobre a cabeça.

Vendo, a praia onde o sol a toca me relembra a infância,
o espaço onde antes foi minha casa na árvore,
também a cadeira de vovó.

Vendo, a minha mochila,
o carrinho que brinquei
o corpo, os dedos que tocam o teclado,
e vendo as letras que se formam em pensamentos,
só não vendo os pensamentos pois o espírito está acorrentado
e tolhidas as aspirações
deles é a ação que pode existir ou não.

E se nada mais estou vendo, é que o que vendo
ainda não é a matéria dessa discussão.

Resenha: O mito nos persegue - Livro Histórias de Horror O mito de Cthulhu - HP Lovecraft - Ed Martin Claret

Resenha: O mito nos persegue 
Livro Histórias de Horror - O mito de Cthulhu - 
HP Lovecraft - Ed Martin Claret



Já pensou em desvendar através de relatos de sonhos misteriosos um mito que fascina alguns escritores até os dias de hoje? Bom, essa possibilidade chega até nós em um livro de contos. As três principais obras sobre o panteão mitológico criado por Howard Phillipis Lovecraft (HPL ou H.P. Lovecraft) vem em um pocketbook pela editora Martin Claret.

Uma obra de ficção onde o terror psicológico serve como a base fundamental para o clímax daquilo que está sendo lido, com primazia HP Lovecraft nos conduz a um mundo cósmico científico com uma proposta literária totalmente renovada.

O Chamado de Cthulhu narra a história de seres de outras dimensões, que habitaram a terra a bilhões de anos atrás, e agora querem reconquista-la e consequentemente domina-la e só quem toma conhecimento dessa futura invasão são homens de alma sensíveis como poetas, escritores e pintores, que em delírio ou sonhos vão tomando conhecimento dessa imensa invasão.

As narrações são testemunhos daqueles que viveram a experiência dos sonhos e delírios que comparadas as lendas de povos indígenas que cultuam os mesmo símbolos e monstros que aparecem aos sonhos, parecem ligados, é assim que o clímax é transferido ao terror psicológico sabiamente vividos nas personagens e seus lugares. As narrações são particularizadas pelo modo como H.P. Lovecraft as conduz, de modo singular ele descreve com detalhes cada lugar, as formas e contornos dos monstros e desenhos. A linguagem eu não diria serem pobres, mas ausentes de diálogos mais elaborados, de forma que a compreensão se torna fácil e acessível.

H.P Lovecraft influenciou através de seus escritos não apenas os escritores que compunham o círculo batizado por ele mesmo de Lovecraft Cyrcle (Circulo Lovecraft), mas também em nosso século tem influenciado bandas como Iron Maiden, Nox Arcana, Metálica; incluindo ainda jogos de RPG.

Howard Phillips Lovecraft (Providence, Rhode Island, 20 de Agosto de 1890 – 15 de Março de 1937) foi um escritor norte-americano, que produziu obras de fantasia e terror, com tendências góticas, enquadrados por uma estrutura semelhante à da ficção científica.

O livro de terror psicológico exige muita atenção aos detalhes e sem eles a obra não seria completa, por tanto fiquem atentos e deixe-se ganhar por esses mitos do mestre do terror psicológico.

Sinopse:
  • Histórias de Horror / O Mito de Cthulhu

  • Howard Phillips Lovecraft
  • Coleção A Obra-Prima de Cada Autor

  • Seres de outras dimensões que no passado reina-ram sobre o nosso planeta estão à espreita para reconquistá-lo! Poucos sabem disso. Artistas, pintores e escritores — almas sensíveis — vislumbram a sua existência em sonhos ou em acessos de delírio. Grupos primitivos, por estranhas razões, os cultuam. E apenas alguns poucos homens, verdadeiros heróis eruditos, buscam pistas sobre essas criaturas e as estudam. São os únicos que podem nos proteger. Numa mistura de horror e ficção científica, esse é o enredo da maior parte da produção de Howard Phillips Lovecraft, escritor norte-americano responsável pela criação do mito de Cthulhu, criatura até hoje cultuada por seitas diversas. Os contos de Lovecraft e suas criaturas tiveram tal repercussão que chegaram a influenciar diversas bandas de rock, como Iron Maiden, Metallica e Black Sabbath. Neste livro, reunimos alguns de seus contos mais importantes: O chamado de Cthulhu, O horror de Dunwich, Sussurros na escuridão e O assombrador das trevas.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Como escrever uma Resenha Crítica?


Como escrever uma Resenha Crítica?



Fazer uma Resenha não é fácil como muitos imaginam, existem as mais diversas maneiras de se resenhar um livro e já mostrei a vocês uma dessas maneiras, no nosso post anterior, sobre como fazer uma resenha, abordamos a Resenha Comentada como forma mais usada pelos blogs literários que se espalham pela net. Cabe ressaltar que esse tipo de resenha não é uma resenha profissional, deve ser levada em conta pois exprime a opinião pessoal de uma pessoa que gosta de ler livros e se todo escritor for bem atento poderá perceber que é um meio de se averiguar o que as pessoas andam lendo.

Hoje vamos saber o que é de fato uma Resenha, sua estrutura, objetivos e os procedimentos gerais para a elaboração, acompanhem abaixo.


Conceito:

A resenha é um resumo critico, "um relato minucioso das propriedades de um objeto" é um "tipo de redação técnica" além de ser um resumo é também uma critica, e aponta os pontos positivos e negativos de uma obra. Julgando ser a resenha um texto crítico, o resenhista em geral é um especialista no assunto em que se propôs a resenhar, uma vez que avalia a obra, "julgado-a criticamente".

O objetivo de uma resenha, em geral, é "divulgar objetos de consumo cultural". É um texto "de caráter efêmero pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa". Serve como instrumento de pesquisa bibliográfica, atualização. Influência na decisão de consultar ou não o texto original, desenvolvimento da capacidade de síntese, interpretação e crítica. "Contribui para desenvolver a mentalidade científica e levar o iniciante à pesquisa e à elaboração de trabalhos monográficos".

Estrutura:

1º - Descrever as propriedades da obra (referencias bibliográficas);

2º - Dados biográficos do autor (alguns dados rápidos que possam identifica-lo);

3º - Resumo da obra (um resumo detalhado das ideias principais, com apontamentos de personagens, da história abordada, características especiais, a forma como o assunto foi abordado e se exige conhecimento prévio para entendê-lo, evitando ao máximo espólios da obra, ou seja, uma síntese);

4º - Apresente suas conclusões e metodologia empregada (Demonstre se o autor faz conclusões ou não, onde essas conclusões foram apresentadas e quais foram. Se ele se utilizou de um modelo teórico, que teoria serviu de embasamento e o método utilizado);

5º - Exponha um quadro de referências nos quais o autor se apoiou (obras comparativas, autores que tenha identificação com a obra, cite escolas ou correntes científicas, filosóficas, culturais e literárias, circunstâncias culturais, sociais, econômicas, históricas e etc. Leve em conta ainda o mérito da obra, a contribuição dada, se as ideias são verdadeiras, originais e criativas. Identifique conhecimentos novos, amplos, abordagem diferente. Enumere se é conciso, objetivo, simples, claro preciso, coerente, linguagem correta ou o contrário. A forma lógica ou sistematizada, se há originalidade e equilíbrio. Faça uma indicação da obra, a quem é dirigida).

Os procedimentos gerais:

Durante a leitura do texto procure responder as perguntas abaixo:

Quem é o autor do texto?
De que trata o texto?
Sob que perspectiva o autor tratou o assunto?
Qual problema foi focalizado?
Como o assunto foi problematizado?
Como o autor soluciona o problema? Que posição assume?
Como o autor demonstra seu raciocínio? Quais são os argumentos?
Há outros assuntos paralelos à ideia central?
Qual a originalidade do texto?
Qual a validade das ideias?
Qual a relevância das ideias?
Que contribuições apresenta?
O autor atingiu os objetivos propostos?
O texto supera a pura retomada de textos de outros autores?
Há profundidade na exposição das ideias?
A tese foi demonstrada com eficácia?
A conclusão está apoiada em fatos?
Que questões o texto levanta?

Elaboração da síntese: 

É um texto pessoal, que reflita sinteticamente as ideias do texto original.

Não esqueça:

Uso da 3ª pessoa, de modo que fique evidente a neutralidade.

"A finalidade de uma resenha é informar o leitor, de maneira objetiva e cortês, sobre o assunto tratado no livro, evidenciando a contribuição do autor: novas abordagens, novos conhecimentos, novas teorias." (cf. LAKATOS, 1995, p 234).

"O resenhista deve resumir o assunto e apontar as falhas e os erros de informação encontrados, sem entrar em muitos pormenores, e, ao mesmo tempo, tecer elogios aos méritos da obra, desde que sinceros e ponderados." (Lakatos, 1995, p. 243)

Não há espaços para ironias, sarcasmos e nem para dizer que o autor poderia ter escrito um livro melhor, cada obra é uma obra única e tem seu valor próprio.


Referências Bibliográficas:

Guia de produção textual: http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php - Consultas realizadas em 22,23,24 e 25 de Outubro de 2011.

FIORIN, José Luiz, SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 3. ed. São Paulo: Ática, 1992.
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1995.
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1999.


Exemplo de Resenha Crítica (Click na imagem para visualiza-la melhor):


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Editora Martin Claret agora é parceira do blog Elo das Letras

Olá galera do Elo das Letras, a um tempo eu vinha procurando uma Editora que publicasse livros tradicionais, clássicos e aqueles livros que ninguém pode deixar de lêr, são os livros que por muitas gerações fizeram e continuam fazendo a diferença tanto nos estudos quanto na cultura literaria. É com grande alegria que lhes informo que encontrei essa editora e que agora firmamos uma parceria muito legal. Vejam abaixo as informações sobre a Editora:


Editora Martin Claret


A Editora Martin Claret foi fundada em São Paulo, no início da década de 1970, pelo empresário, editor e jornalista gaúcho Martin Claret, para publicar, em um primeiro momento, as obras do filósofo e educador brasileiro Huberto Rohden, autor mundialmente conhecido de mais de 65 obras sobre filosofia, religião, ciência e educação.


Hoje, a Editora possui aproximadamente 500 títulos em catálogo, de obras-primas da literatura universal, de filosofia, direito, política, sociologia e religião. É uma empresa editorial altamente diferenciada, operando em nichos criados pela própria empresa.


Em 1982, o fundador da Editora lançou na indústria editorial brasileira o livro-clipping (o livro montado, de vários autores), voltado para o crescimento espiritual e humano do leitor. Nesse segmento, possui atualmente 6 coleções, com mais de 150 títulos.


Outra inovação da Editora foi o livro-pocket com alta qualidade gráfica, a preços acessíveis, com a coleção A Obra-Prima de Cada Autor, cuja proposta é de 500 títulos, dos quais a editora já publicou 300 volumes. Grande parte desses títulos são recomendados ou adotados em escolas, faculdades e vestibulares.  


(Fonte: Site Martin Claret)


Maiores informações sobre a Editora e suas publicações no site: http://www.martinclaret.com.br

sábado, 19 de novembro de 2011

Poesia: Heresia dos olhos - Jandeilson Bezerra

Poesia: Heresia dos olhos - Jandeilson Bezerra


Olhos purpuras envolto em negros buracos
fonte escura em amarelados lados
passos engatinhados em leste
carranca indiscreta de lados tortos
não barulhenta, silhueta maldita

Sinuoso desejo em dentes expostos
corada face em tons de cinza
a couraça vermelha ardendo em chamas
firma o pé em pelos feitos
marcas passam, a despercebo

Ignoro sinais que se alto evidenciam
as dores inquietas desse momento vazio
consagrando se firmam em olhares curiosos
pelos dedos tocando face anuviada

A pele suave se percebe fazer
os meigos olhares a se encontrarem
em tão gentil silêncio de pássaros que voam
e se deixam embeber de tão puro amor.