Vendo meu coração
Jandeilson Bezerra
Não sei se tudo o que vejo é real
ou simplesmente imaginário de uma mente
em tão constante erupção.
O corpo que se alto flagela, nos guetos
perdido entre a aurora e o limiar
que não silencioso se turba.
Já não sei se é tudo verdade
onde vendo, e vendo mais uma vez
me deixo encontrar em tão grande mecanismo globalizado
dos espaços que tenho
e tudo propaganda ou não, sendo.
Vendo, olhos de longe
a boca, o semblante
a aurora mais brilhante.
Vendo, a casa, o lar doce,
o espaço, a TV, o celular e ainda para não esquecer
a roupa que visto, o boné que me cobre a cabeça.
Vendo, a praia onde o sol a toca me relembra a infância,
o espaço onde antes foi minha casa na árvore,
também a cadeira de vovó.
Vendo, a minha mochila,
o carrinho que brinquei
o corpo, os dedos que tocam o teclado,
e vendo as letras que se formam em pensamentos,
só não vendo os pensamentos pois o espírito está acorrentado
e tolhidas as aspirações
deles é a ação que pode existir ou não.
E se nada mais estou vendo, é que o que vendo
ainda não é a matéria dessa discussão.
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