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O Nascimento de Vênus - Sandro Boticelli |
Jandeilson Bezerra
A pele suavemente transparente em giz
Olhos que vibrantes se deixam lavar
Em gotas orvalhadas de solidão
A alma se compraz de tal angustia
Em ter compartilhado em seus vitrais.
Esperança que fugaz se entrega ao mar
Azulando o doce verde se desfaz
Em tão bela face lábios vermelhos se refaz
Em dentes alvos de um sorriso eficaz.
Que na alma a dedos suaves deslizar
Aumentando a fricção de tal tocar
As muralhas ruírem ao sibilar
Do mais puro encontro a florescer.
E na primavera o amanhecer entregue
De árvores que bailam sem parar
O amor mais uma vez enaltecer
Tão nobre alma de gestos generosos
Repousar sobre o véu do entardecer.
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