terça-feira, 20 de dezembro de 2011

POESIA: Pele Nua - Jandeilson Bezerra

O Nascimento de Vênus -  Sandro Boticelli
Pele Nua
Jandeilson Bezerra




A pele suavemente transparente em giz
Olhos que vibrantes se deixam lavar
Em gotas orvalhadas de solidão
A alma se compraz de tal angustia
Em ter compartilhado em seus vitrais.


Esperança que fugaz se entrega ao mar
Azulando o doce verde se desfaz
Em tão bela face lábios vermelhos se refaz
Em dentes alvos de um sorriso eficaz.


Que na alma a dedos suaves deslizar
Aumentando a fricção de tal tocar
As muralhas ruírem ao sibilar
Do mais puro encontro a florescer.


E na primavera o amanhecer entregue
De árvores que bailam sem parar
O amor mais uma vez enaltecer
Tão nobre alma de gestos generosos
Repousar sobre o véu do entardecer.

0 comentários:

Postar um comentário