domingo, 18 de setembro de 2011

Resenha: A vida em tons de cinza - Ruta Sepetys - Editora Arqueiro

Resenha: A vida em tons de cinza - Ruta Sepetys - Editora Arqueiro


Às vezes você se depara com histórias maçantes e chatas outras vezes as histórias que você encontra te dá um prazer tão grande que você lê duas ou três vezes a mesma história. Lendo "A Vida em tons de cinza" , livro de Ruta Sepetys, degustei de uma impressionante história sobre os povos bálticos, uma história "que quase nunca é contada" mas que revela por trás dela uma lição de esperança e amizade que foi capaz de unir uma nação em momentos de guerra.


Lina Vilkas, uma jovem de 15 anos é lituana e considerada uma promessa na pintura, uma vida cheia de sonhos e muita coisa a ser explorada que é interrompida em uma noite quando os agentes da NKVD invadem sua casa e a levam junto com sua família para o deporto e em condições desumanas trabalharão forçadamente.


Uma história de ficção narrada em primeira pessoa pela jovem Lina, se passa na União Soviética e conta o horror vivido por povos da Estônia, Letônia e Lituânia que tivera um terço de seu povo exterminado por ordens de Stalin.


Uma narração surpreendente contada através de um romance realista e que tivera seus personagens baseados em depoimentos de sobreviventes de gulags, os campos de concentração e trabalhos forçados da União Soviética. Eles viviam em condições de frio extremo, trabalhavam forçadamente, em condições mínimas de higiene e alimentação mínima. Essa é uma história quase não comentada já que no mesmo período o destaque maior se dava a Hitler e por isso Stalin se aproveitava para cometer os seus mais perversos crimes contra os países que recentemente haviam sido anexados a URSS.


Algumas histórias desconhecemos profundamente pelo fato de que poucas histórias e interpretações caem no esquecimento ou simplesmente são omitidas de nossos olhos, algumas omissões tem a característica de nos levar ao desconhecimento do rumo da humanidade em um momento de guerra, Ruta Sepetys nos traz uma parte da história que esquecida pela humanidade nunca será esquecida pelo povo e familiares que a viveram. Estou certo de que delicadamente, com a sutileza de um coração aberto a escritora nos faz percorrer em meio a imagens e horrores vividos por aqueles que ela entrevistou, e sendo ela descendente de lituanos também vividos por seus familiares.


Um ótimo livro para que gosta de história, mesmo sendo de ficção o realismo se faz presente pelas barbaridades que o homem é capaz de fazer aos de sua própria raça.


Sinopse:



Lina Vilkas é uma lituana de 15 anos cheia de sonhos. Dotada de um incrível talento artístico, ela se prepara para estudar artes na capital. No entanto, a noite de 14 de junho de 1941 muda para sempre seus planos.
Por toda a região do Báltico, a polícia secreta soviética está invadindo casas e deportando pessoas. Junto com a mãe e o irmão de 10 anos, Lina é jogada num trem, em condições desumanas, e levada para um gulag, na Sibéria.
Lá, os deportados sofrem maus-tratos e trabalham arduamente para garantir uma ração ínfima de pão. Nada mais lhes resta, exceto o apoio mútuo e a esperança. E é isso que faz com que Lina insista em sua arte, usando seus desenhos para enviar mensagens codificadas ao pai, preso pelos soviéticos.
A vida em tons de cinza conta a história de um povo que perdeu tudo, menos a dignidade, a esperança e o amor. Para construir os personagens de seu romance, Ruta Sepetys foi à Lituânia a fim de ouvir o relato de sobreviventes dos gulags. Este livro descreve uma parte da história muitas vezes esquecida: o extermínio de um terço dos povos do Báltico durante o reinado de horror de Stalin.
Para Estônia, Letônia e Lituânia, essa foi uma guerra feita de crenças. Esses três pequenos países nos ensinaram que a arma mais poderosa que existe é o amor, seja por um amigo, por uma nação, por Deus ou até mesmo pelo inimigo. Somente o amor é capaz de revelar a natureza realmente milagrosa do espírito humano.
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1941. A União Soviética anexa os países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada.
Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria.
Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo fazer com que as pessoas trabalhem em equipe.
No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitas outras pessoas com quem estabeleceram laços estreitos, são mandadas, literalmente, para o fim do mundo: um lugar perdido no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes para mantê-los vivos.
A vida em tons de cinza conta, a partir da visão de poucos personagens, a dura realidade enfrentada por milhões de pessoas durante o domínio de Stalin. Ruta Sepetys revela a história de um povo que foi anulado e que, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias.


Ficha Tecnica


Páginas 240
Formato 16 x 23 cm
Peso 293g
Acabamento Brochura
Lançamento 01/08/2011
ISBN 9788580410167
EAN 9788580410167
Preço R$ 24,90 
Editora Arqueiro

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