Uma Noite
Jandeilson Bezerra
Brilho que castiga e não doe
Lágrima que ao chão tocar semeia
Brisa que suave faz florir
Campos que em rosas se perfazem
O som que do alto faz ouvir
Suave rouxinol de canto triste
Quimera adormecida do orvalho
De infinitos tons azul-lilás
É assim essa cadeia aromática
Dos lábios que se tocam ao rugir
Do sêmen que despeja-se vivaz
Aos passos que sozinho não compraz
Ruídos que se desmancham ao ar
Vozes que sedosas silenciam
Ao voou do flamingo se dispersam
Nesse pobre e triste canto vazio.
*Imagem: Marieke IJsendoorn-Kuijpers
0 comentários:
Postar um comentário