terça-feira, 19 de julho de 2011

Poesia: Um Noite


Uma Noite
Jandeilson Bezerra


Brilho que castiga e não doe
Lágrima que ao chão tocar semeia
Brisa que suave faz florir
Campos que em rosas se perfazem


O som que do alto faz ouvir
Suave rouxinol de canto triste
Quimera adormecida do orvalho
De infinitos tons azul-lilás



É assim essa cadeia aromática
Dos lábios que se tocam ao rugir
Do sêmen que despeja-se vivaz
Aos passos que sozinho não compraz


Ruídos que se desmancham ao ar
Vozes que sedosas silenciam
Ao voou do flamingo se dispersam
Nesse pobre e triste canto vazio.




*Imagem: Marieke IJsendoorn-Kuijpers

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