domingo, 16 de outubro de 2011

Poesia: Gozo Silencioso

Gozo Silencioso
Jandeilson Bezerra


Quando olho da janela e o sol encontro
à minha espera está o belo
silencioso e inquietante
crepitando em suas nuances, em seu canto
estridente está o pássaro azul
que de uma flor a outra vejo a pular.


A lua em nuvens a se entregar
vasculho o céu a sonhar
por aquela hora em que meus olhos
possam enxergar e assim
em braços calorentos me entregar.


Não como a estrela a explodir em ilusões
sim como as letras a se entrelaçarem em fusões
de sons vibrantes ao par a par se entregarem
e nesse amor mútua se aconchegarem.


E ao fim do dia quando o olhar dela me encontrar
e seus lábios junto aos meus regozijar
em um só gemido de profusão descomunal
as mãos tremerem nesse caso tão real.

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