terça-feira, 31 de julho de 2012

Gota / Poesia / Jandeilson Bezerra

Horizonte distante ceifa a dor insólita
Sólida rocha rompe o mar
Corpo negro entregue ao mergulho dessa
Triste morte a se aproximar

A mente delira ao quebrar de ondas
Que levam o rochedo ao mar
Fúria que vejo indo, e ao voltar
Silêncio se desfaz e eu vivo

A neblina que em tão febril
Olhar, lava os trêmulos dedos
Que tateam a pele fria castigada
De tão longo pesar

Ver-se a alma lavar
Em prantos angelicos de tão suplicante
Libertar, e essa solidão que nada é

Amor se faz por si, por ela e ninguém mais.

3 comentários:

  1. Gota a gota escoando como um fim de tarde. Belíssimo!
    Abraços
    V.

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  2. Que pela poesia!
    Gosto de escrever poesias, mas nunca mostro por vergonha :3
    Belo trabalho. o/
    sorrisoselivros.com

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