Creditos da Imagem: Gugaucb |
Cabeça inclinada ao vento
retorno ao ar silencioso
da atmosfera de um coração triste
em que a solidão se faz presente.
Erguendo os olhares sob a bandeira imperial
na Princesa Isabel, que habita Copacabana,
vejo o sol que o céu quer romper
o horizonte de tão lípida escuridão
que vai partindo com o meu coração.
Amarelado que vai espaciando
e sob as cadeias de montanhas se inclinando
e tímidamente contornando as linhas curvas
desse horizonte.
Quica o ônibus tantas vezes
que a cabeça insiste em balançar
confirmando tão rara beleza
que aos entornos se vê passar
e passando de fato vai
aquela imagem tão fulgaz
que só o sonho pode contemplar.
Enquanto a escuridão dá forma às montanhas
o sol que ainda não nasceu
e só amarelou a paisagem
quer enfim copacabana iluminar.
Reclinando o olhar para dentro de mim
vou seguindo assim
preenchindo por tão maravilhoso contemplar
mas ainda quieto em mim.
MG6T7X84S7NG
Está muito bom!!!
ResponderExcluircaraca me identifiquei mto com sua prosa, ou melhor, poesia.. prefiro chamar de ato poetico, nao importando o veiculo, eh a percepção inicial, aquela fagulha que dá um brilho especial aos pensamentos recobertos de emoção. Enfim. Me identifico mto com esse ato de inspiração... pq ao que me pareceu seu poema retrata o olhar epifânico diante da beleza que há imbutida até mesmo no mais violento caos, no caso, copacabana. Eu odeio copa, ou o centro da cidade, mas sao muitas as vezes que visto minhas lentes-epifanicas e passo a enxergar em devaneios uma beleza violenta pulsando na velocidade da vida. Uma poesia de luz essa, me iluminou, gostei muito. Uirá Felipe
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